Papo sobre andragogia
maio 13, 2011 § Deixe um comentário
Como essa história começou?
Em 1833, o professor alemão Alexander Kapp usou o termo pela primeira vez no seu trabalho “as idéias educacionais de Platão”, onde defendia a necessidade de continuar aprendendo durante a vida toda (“As idéias educacionais de Platão”, Alexander Kapp).
Mas o conceito se popularizou muito por conta de um outro estudioso, Malcom knowles.
Foi ele que desenvolveu os conceitos de palestra, workshop e dinâmica de grupo como forma de aprendizado para adultos durante os anos 1950.
Knowles definiu 5 premissas para a andragogia:
1. Conceito do eu: mudança de uma personalidade dependente para uma crítica.
2. Experiência: acumulo crescente de experiência como recurso de aprendizado.
3. Vontade de aprender: a vontade em aprender direcionando o desenvolvimento.
4. Orientação para o aprendizado: mudança de aprendizado apenas conceitual para aprendizado prático.
5. Motivação para o aprendizado: a motivação para aprender é interna.
Cada uma dessas 5 premissas marcam a diferença entre pedagogia e andragogia. É a passagem de “por que” e “para que” para “o que” e “como.
Essas premissas levaram a 2 “certezas”:
1. Que programas educacionais devem ser organizados com base em aplicação prática na vida.
2. Que a experiência do aprendizado deve ser organizada em categorias de desenvolvimento de competências específicas.
Segurando um pouco a marcha…
Essas 2 “certezas” são equivocadas na minha opinião por dois motivos:
Subestimam o aprendizado apenas por diversão ou interesse pessoal, que não precisa ter necessariamente aplicação prática na sua vida.
Ignoram que a experiência necessária para o aprendizado pessoal significativo é feita por associações de conhecimentos que muitas vezes não tem ligação direta entre si.
Andragogia deve ser entendida de outra maneira. Deve dar referências para as pessoas e ajudá-las a conectar estas referências com o que elas têm a volta.
Passa por 4 pontos pra mim:
1. Diagnostico das necessidades de aprendizado
2. Formulação de uma estratégia de aprendizado
3. Escolha e implementação das ferramentas apropriadas para o caso
4. Estimulo da conexão com a experiência de vida
A idéia é gerar gatilhos para o aprendizado, eventos que Estimulem a pessoa a querer aprender (já que a motivação é interna).
Os adultos não seguem necessariamente um passo a passo definido de aprendizado. Ele acontece muito mais pelas oportunidades e circunstâncias.
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