Translearning (parte 2)
junho 5, 2011 § 1 comentário
PARA IMPLEMENTAR
O que deve ser feito na hora de implementar o translearning é evitar o efeito “muda-tarefa” na aprendizagem. Para isto, utilizar a força do aprendizado informal no ambiente formal é essencial.
Como vem sendo estudado e discutido em diversos locais, não há um único jeito de se fazer. O que vale é adaptar as melhores práticas a sua realidade.
Foi o que fizemos. O processo abaixo leva em consideração inúmeros outros processos, inclusive o de desenvolvimento de comic books. O que é preciso levar em consideração aqui são as etapas propostas.
Idéia / conceito /propósito: é o momento em que a idéia do projeto é concebida (o que será usado como trama para linkar os assuntos). É aqui que também deve ser feita a definição do propósito do aprendizado.
Planejamento mídia / aprendizado: aqui é a hora de fazer a definição da forma, das mídias que serão usadas e a timeline.
Estruturação (story crafting) e criação da narrativa (storytelling): este é um momento importante, é onde se faz a estrutura e desenvolvimento da história que será utilizada para passar o conteúdo necessário.
Desenvolvimento (materiais de aprendizado): hora de colocar a mão na massa e fazer o desenvolvimento da história nas midias definidas. A integração na plataforma educacional é feita neste momento, mas testes devem começar bem antes (a sugestão é já no planejamento mídia/aprendizado) para evitar surpresas desagradáveis de incompatibilidade.
Intructional Scaffolding: é literalmente construir um andaime, uma estrutura de suporte ao aprendizado para dar sustentação à implementação (tipo chat, fórum de discussão, etc.).
FECHANDO O PAPO
Quando algo novo aparece, em um primeiro momento fica difícil imaginar acontecendo. Quando algo muito, muito novo aparece, essa incerteza é dobrada. É nesse estágio que o translearning está hoje.
Mas uma coisa é possível afirmar: o aprendizado baseado na construção do conhecimento vai substituir o simples repasse de conhecimento. Isto, na minha visão, é um fato e explico o motivo.
A forma de se relacionar, pesquisar, interagir com o conhecimento mudou. É muito mais colaborativo. Basta ver o sucesso de redes sociais e wikis. Isso não vai parar e uma hora ou outra, vamos ter que repensar a maneira como “ensinamos”.
A maneira de aprender está mudando e quando ela efetivamente mudar, quem deixar para pensar no assunto só aí, vai estar muito, mas muito atrás em termos de geração de produtividade, propriedade intelectual e lucratividade. Lembre-se que estamos na idade do conhecimento e esse não é só um termo para livro de história.
[…] O tema dessa edição do Spotlight da Education Week é o project-based learning, defendido pelo John Dewey lá pelos idos de 1902 e que ganhou força agora no século XXI, com a inclusão da internet e das redes sociais nos processos de aprendizado e de novas plataformas, como as baseadas no conceito de translearning (abordado em 2 posts antigos, disponibilizados nos links https://tibau.org/2011/05/28/translearning-parte-1/ e https://tibau.org/2011/06/05/translearning-parte-2/ ). […]