Precisamos falar sobre LaMDA, a IA que o engenheiro do Google achou que havia adquirido autoconsciência
junho 24, 2022 § Deixe um comentário
Quem trabalha com IA já está acostumado com o tipo de interação que um modelo muito sofisticado é capaz de apresentar. Também está acostumado com alegações de autoconsciência, como no caso do LaMDA.

Por alguns dias neste mês de junho de 2022 surgiu como trend topic, quase que do nada, um debate sobre Inteligências Artificiais auto-conscientes. Quase que do nada é uma figura de linguagem minha, porque a controvérsia surgiu sim de algo.
Por volta do dia 11, Blake Lemoine, engenheiro da Google, publicou dois posts [1, 2] a respeito do sistema LaMDA (pronuncia-se “lambda”, como a décima primeira letra do alfabeto grego). Os posts foram meio que uma resposta ao artigo publicado no jornal The Washington Post [3], relatando que apesar do departamento ético da companhia ter recomendado que não se treinasse uma rede neural para “personificar” seres-humanos, a empresa o fez (o sistema LaMDA) e que um de seus funcionários (o próprio Blake Lemoine) acreditava que o sistema havia adquirido autoconsciência.
Lemoine contava em seus posts os motivos que o levaram a acreditar na emergência da autoconsciência e para provar seu ponto, compartilhou transcrições de “conversas” que teve com LaMDA. A Google imediatamente rebateu as alegações, acusou Lemoine de compartilhar informações proprietárias da empresa e o colocou em “paid administrative leave”, que basicamente é o primeiro passo para a demissão (é o nosso famoso “afastado das suas funções”).
Leia o texto completo em Update or Die. Publicado em 23 de junho de 2022.
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