Um papo sobre probabilidade subjetiva
agosto 26, 2022 § Deixe um comentário
“a probabilidade é o conceito mais importante da ciência moderna, especialmente porque ninguém tem a menor ideia do que ela significa”

O curioso da probabilidade é que a ideia que se tem dela pode ser, ao mesmo tempo, familiar e misteriosa. Familiar, porque a usamos “a torto e a direito”, seja como sinônimo de possibilidade ou chance de algo acontecer (e.g., qual a probabilidade de chover amanhã?), seja como ferramenta aplicada (e.g., o cálculo da probabilidade do time P ou F de ganhar o campeonato B). Misteriosa, porque quando se pede para defini-la, normalmente se tem certa dificuldade. Há uma frase atribuída a Bertrand Russell que explicita essa dualidade. É mais ou menos assim: “a probabilidade é o conceito mais importante da ciência moderna, especialmente porque ninguém tem a menor ideia do que ela significa”.
A questão do mistério que a envolve, na minha opinião, está muito ligada ao modo como o conceito é introduzido: usa-se um dispositivo aleatório de maneira ilustrativa (na maioria das vezes, um dado). Normalmente é dito que a probabilidade de um evento (e.g., jogar um dado e sair o número 6) é a frequência média em que esse evento será observado se usarmos esse dispositivo repetidamente. De forma que, a probabilidade de se obter um 6 em um dado não-viciado (o termo é importante para garantir que o resultado depende do acaso) é 1/6, porque se você jogar um dado muitas vezes, em média, observará o número “6” uma vez em seis. É a chamada definição frequentista.
Leia o texto completo em Update or Die. Publicado em 25 de agosto de 2022.
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