Learning Analytics – parte 1

outubro 6, 2015 § 1 comentário

Citei anteriormente o termo “aprendizado analítico”, minha tradução para “learning analytics”. Ainda que a análise de dados gerados por aprendizes não seja lá uma coisa nova, o conceito de “learning analytics” só ganhou amplo apoio entre pesquisadores e profissionais da educação recentemente.

Quando se ouve falar desse termo em inglês, “analytics”, a primeira coisa que alguém familiarizado com ele pensa é no rastreamento de visitas em um website (seja ele um e-commerce, um blog ou a página da empresa em que trabalha).  O “learning analytics” usa esse tipo de dados combinados com a performance do aprendiz e com modelos analíticos para verificar como eles aprendem e como se pode melhorar essa experiência de aprendizado.

O que pode fazer?

  • Previsões a respeito de performances futuras, baseadas em padrões passados de aprendizado.
  • Intervir quando se perceber diferenças no padrão de comportamento do aprendiz que possam sinalizar dificuldades e direcionar feedbacks que possam ajudá-lo.
  • Personalizar o processo de aprendizagem de cada aprendiz, usando seus pontos fortes e encorajando melhorias.
  • Adaptar estilos de ensino e de aprendizado via socialização, modelos de aprendizagem e tecnologia.

O modelo é excelente para detectar dificuldades de aprendizado via a performance. Isto é feito da seguinte maneira:

  • Reconhecimento de demonstração de frustração, por exemplo em mensagens deixadas no ambiente virtual.
  • Diminuição do tempo médio de utilização e atividade no ambiente virtual.
  • Longos intervalos entre logins.
  • Distinção entre “chute” e conhecimento em respostas de múltipla-escolha.

Um dos motivos pelos quais o conceito demorou a ser aceito, foi porque ele “desafia” outro conceito muito popular na área de educação, a hipótese do aprendiz eficiente – “efficient learner hypothesis” (ELF)  – que considera que todos os aprendizes começam em um nível igual – daí a prática do nivelamento educacional – e progridem de forma similar – daí a organização dos alunos em turmas e séries.

Por considerar essencial abranger a discussão em relação ao nosso sistema educacional, adaptei um infográfico para facilitar a compreensão do processo de funcionamento do “learning analytics”.

LearningAnalytics

Disponibilizei um pdf do infográfico na seção Publicações para download gratuito. No próximo post pretendo abordar como o conceito pode afetar o futuro do nosso entendimento a respeito do que é educação.

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§ Uma Resposta para Learning Analytics – parte 1

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