Arte dentro das disciplinas – parte 1
novembro 18, 2015 § Deixe um comentário
Pretendo neste e no próximo post mostrar alguns exemplos do impacto da arte em disciplinas mais específicas. Neste primeiro, veremos integrada à escrita e matemática. Vale reforçar que o que veremos a seguir são exemplos de como algumas instituições de ensino implementaram a abordagem do uso da arte no aprendizado, não é uma “receita” e sim uma indicação do que pode ser feito. O modus operandi deve ser determinado por cada um.
A Cashman Elementary School, no estado norte-americano de Massachusetts tem experimentado a integração da música à escrita com crianças de 8 e 9 anos. Funciona da seguinte forma: a professora de música pede a seus alunos que escutem a famosa música “Dança do Sabre” do compositor armênio Aram Khachaturian em diversos momentos do dia – no recreio, na hora do lanche, etc. Depois, explica a dinâmica da música, seu tempo e instrumentação. Em seguida, os alunos são estimulados a fazerem um desenho a respeito do que sentiram em relação à música e por fim, devem criar um enredo e desenvolver uma história baseada no desenho.
Em Annapolis, no estado de Maryland, a escola Wiley H. Bates Middle School ensina a seus alunos matemática e mosaicos mexicanos ao mesmo tempo. Os alunos estudam os tradicionais mosaicos turquesas do México e criam suas próprias versões com pedaços de papel. Em seguida, recolhem amostras de diferentes tamanhos e as usam para calcular o número de peças utilizadas na obra de arte.
Outro exemplo da integração da arte com a matemática vem do estado de Nova Jersey. A Stockton University, em seu curso de matemática, usa origamis no ensino da matéria. A professora Barbara Pearl, autora do livro “Math in Motion: Origami in the Classroom”, usa a “mistura” há vários anos com resultados animadores. Ensina ângulos, frações e geometria espacial com base na arte de “dobrar papel”.
Como diz a especialista em integração da arte Laura Brino, “estudar e observar arte, sem medo de cometer algum erro, incentiva a autoconfiança e a coragem em assumir riscos”. Além de ser um modo de estimular a apreciação da cultura, que nos torna ser-humanos mais capazes.
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