Edtech – Blended Learning
outubro 22, 2015 § Deixe um comentário
A abordagem para solução de “problemas” tem um apelo maior para os aprendizes do que o repasse conceitual. Este é um fato, apesar das 2 abordagens terem sua importância. O conceito tem o objetivo de fornecer um entendimento crítico a respeito de determinado tema e a implementação, de trabalhar o modo de aplicação de um determinado conceito ou propriedade intelectual. O ideal é “juntar” as duas. Esta é a base de um conceito intitulado blended learning (algo como aprendizado misturado).
Como fazemos com outros conceitos “importados” (como por exemplo, o de startup), o termo blended learning ficou restrito no Brasil à mistura presencial (sala de aula) e não-presencial (ensino a distância), mas vai bem além disto. Ele acontece sempre que se utiliza mais de um “modelo” educacional para estimular a aprendizagem.
Kavita Gupta é uma professora de química da região de São Francisco, Califórnia. Ela iniciou em 2011 uma bem-sucedida abordagem “blended”, utilizando o método de instrução direta (também chamado de “tradicional”) associado com o conceito conhecido como “flipped classroom” (abordado em posts anteriores) – que a grosso modo significa inverter a lógica da sala de aula, fazendo o “dever de casa” em sala e o repasse do conteúdo em “casa” – e com ferramentas online para suporte como podcasts gravados por ela e uma comunidade de suporte via Facebook.
Kavita viu o número de alunos matriculados para suas aulas subir 67% (de 140 para 235) e o AP scores deles (é um resultado consolidado em exame, similar ao nosso ENEM, que permite o ingresso em universidades) subir em média 12%. São números robustos, sem dúvida. Ela sintetiza a sua experiência com blended learning da seguinte maneira:
- O modelo “liberou” tempo em sala para se aprofundar o entendimento da matéria e focar realmente na resolução de “problemas”.
- Os estudantes se engajaram ativamente no aprendizado, trabalhando em conjunto em experiências químicas ou em avaliações por meio de tarefas.
- O aprendizado foi individualizado e “estendido” para além do ambiente formal com a utilização do Facebook, podcasts e sites na internet.
Kavita Gupta concluiu que o modelo blended efetivamente aumentou o engajamento, melhorou o aproveitamento do tempo formal e, “de quebra”, estendeu o tempo dispendido pelos alunos em atividades de aprendizado.
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